Como Ensinar Ciências com Harry Potter: Ensino Médio

Ciências

Olá, professores mágicos, tudo bem com vocês?

Hoje nossas dicas de como trabalhar Ciências com Harry Potter estarão mais voltadas para o Ensino Médio. Aproveitem bastante!

Harry Potter no Ensino Médio?? Sim!!!!

A autora J.K. montou suas próprias classes na saga, baseando-se em mitologia Celta, mitologia Grega e outros seres fantásticos, colocando isso dentro de uma configuração própria. Os animais são classificados entre animais comuns ou fantásticos, e os seres em não-humanos ou humanos, sendo que os seres humanos podem ser ainda divididos em “bruxos” ou “muggles”. Já entre os seres “não-humanos” temos como exemplos os sereianos, centauros, lobisomens, sendo que alguns têm aparência de humanos, como os Trasgos, mas não são considerados seres pensantes. Que tal relacionar tudo isso com bases biológicas da classificação, conceitos de classificação, conceito de espécie e os cinco reinos?

Quando falamos em tecnologia de manipulação do DNA, biotecnologia, tecnologia de transferência de DNA, enzimas de restrição, vetores e clonagem molecular, imediatamente lembramos de Poção Polissuco, Transfiguração e Metamorfose. Um metamorfomago é uma pessoa que sofre metamorfose, e isto é algo genético, como é o caso da personagem Tonks. Já uma pessoa que é animaga é aquela que se aprende a transformar-se em um animal, como a professora Minerva e os marotos. A Poção Polissuco transforma uma pessoa em outra por um curto espaço de tempo. A Transfiguração trata da manipulação e transformação de objetos, principalmente. São diferentes processos que podem ser explorados quando se trabalha sobre DNA.

E se você utilizar alguns personagens bruxos ao trabalhar sobre os impactos da medicina, agricultura e farmacologia no aumento da expectativa de vida? Você pode usar como exemplos Dumbledore e Nicolau Flamel, realizando com seus alunos pesquisas sobre o quanto pode viver um bruxo e quais fatores influenciam na diferença de tempo de vida destes seres, além da diferença na expectativa de vida entre bruxos e não bruxos. A partir daí, você pode comparar a qualidade de vida de tempos atrás e na atualidade no mundo muggle, buscando os motivos das mudanças que ocorreram ao longo do tempo.

Toda a parte de genética é possível relacionar com os tipos de famílias do mundo bruxo. Quando falamos de hereditariedade, entramos na área da genética: as características hereditárias congênitas adquiridas, teoria cromossômica da herança, determinação do sexo e herança ligada ao sexo, genética humana e saúde. Você pode estudar com seus alunos sobre as probabilidades de filhos bruxos e não bruxos dentro dos diferentes tipos de casais – ambos bruxos, bruxo e muggle, ambos muggles -, como o caso da Hermione, que tem pai e mãe muggle, porém traz uma carga genética bruxa de seus antepassados, trabalhando também a árvore genealógica das famílias. Outros exemplos são o caso do professor Flitwick que, mesmo sendo de uma geração muito à frente, carregou características físicas dos seus antepassados duendes, e do personagem Hagrid, filho de mãe giganta e pai bruxo. Quanta coisa maravilhosa, não é verdade?

E como não relacionar área de Química com a Alquimia? Imagine estudar sobre a Pedra Filosofal e todas as suas características, as propriedades e usos das poções, como funcionam as magias! Não seria legal criar poções com seus alunos?

Na área de Física, você pode utilizar Harry Potter para estudar fenômenos cinéticos, como voar, levitar (objetos) ou  levicorpus (pessoas), o uso de palavras para mover objetos e realizar ações como abrir e fechar portas, ou acender e apagar as luzes. Temos também os fenômenos de transformação, como passar pela plataforma 9 ¾, como passar pelo Beco Diagonal, ou como fazer uma chave de portal. Quanto aos fenômenos psíquicos, podemos citar os feitiços de mudanças de memória, O Espelho de Ojesed e o Chapéu Seletor, que pode ser relacionado com Inteligência Artificial. Podemos ainda estudar sobre a capa de invisibilidade e o Vira-Tempo, pesquisando se existem possibilidades de que algo parecido possa ser desenvolvido. Não é o máximo?

De forma geral, quando trabalhamos o nosso Universo e as leis que o regem, podemos fazer um paralelo com o mundo bruxo, onde a autora estabeleceu leis que regem este Universo de forma diferente, e é por isso que eles são seres mágicos, que praticam magia. Dentro do universo da J.K. Rowling você fazer aproximações com a nossa sintonia e com a nossa astrologia, que são ciências de um mundo não bruxo muito antigo.

É muito importante frisar que a Ciência está dentro da magia, porque toda parte mágica de dentro da saga tem um fundamento científico, e é possível trazer relações que abrangem todos os temas que quisermos.

E então, você consegue imaginar algumas dessas dicas na sua prática pedagógica? 

Malfeito feito!

Suas aulas.

Ainda mais mágicas.